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ESCREVA, MESMO SEM SABER

ESCREVA, MESMO SEM SABER

Aqui serão postados os textos produzidos pelos alunos das turmas de LPT (Leitura e Produção de Textos) da unidade Itaipava, de acordo com os temas trabalhados em sala de aula.

A ideia é desenvolver a escrita, organizar o pensamento e, quem sabe, revelar um talento raro.

O objetivo dos textos estará sempre em evidência para que todos possam acompanhar o processo de criação inserido num contexto. Confiram e aproveitem a viagem.

Nanci




terça-feira, 11 de maio de 2010

FINAL DE CONTO DE SUSPENSE










TURMA 92 (CENTRO), TURMA 91(ITAIPAVA)

MARIA ELIZA, 92

  • “O que você quer, Gregório?” A mulher revirou os olhos para a hostilidade do homem. Algumas coisas nunca mudam.

  • “Nossa! Isso é jeito de tratar um velho amigo? Às vezes você realmente me impressiona.”

  • Uma risada amarga saiu dos lábios de Lisa enquanto Gregório se jogava no sofá. É, todos esses anos e nada havia mudado.

“Então, o que você veio fazer aqui? Já faz algum tempo desde a sua última visita.”

Ela examinou seu rosto. Parecia cansado. Talvez por causa da idade, talvez o estresse do trabalho. Algumas rugas aqui e ali, mas, no geral, estava bem conservado. Na última vez que o vira, seu cabelo tinha algumas mechas grisalhas; hoje, o grisalho dominava sua cabeça. Seus olhos continuavam os mesmos, é claro. Azuis, profundos e eletrizantes.

Lisa interrompeu sua análise ao perceber que Gregório falava.

“Desculpe-me, o que disse?”

“Disse que você pode parar de babar pra cima de mim, já estou indo embora.”

“NÃO!”

Ele olhou para ela, espantado. Lisa nunca foi de se exaltar assim.

“Er, quero dizer...” Ela corou ao perceber o que tinha feito.

“Tudo bem, eu sei que a minha presença é desconcertante.” Ele piscou, fazendo com que ela corasse mais ainda.

“Pensei que você estivesse de saída.”

“E estou. Não queria sair assim, tão abruptamente, e te deixar desolada. Mas tudo bem, irei agora.”

Com isso, Gregório levantou-se, saiu da sala e da casa, deixando Lisa sozinha outra vez.

Lisa sentou-se no sofá. Ele não havia dito o motivo da visita, mas ela sabia. Há 30 anos, após seu rompimento, eles começaram esse ritual de visitas. Não havia um padrão certo para essas visitas, elas apenas aconteciam. Parecia estranho, mas os dois precisavam disso. Saber que o outro estava bem, que o término da relação havia sido melhor para os dois.


  • NATÁLIA DA COSTA PAULA RIBEIRO TURMA 92 NOTA: 9,0

Subitamente, não sabia mais como se ata o nó da gravata. Era como se enfrentasse uma tarefa desconhecida, com que nunca tinha tido qualquer familiaridade. Recomeçou do princípio. Uma vez, outra vez – e nada. Suspirou com desânimo e olhou atento aquele pedaço de pano dependurado no seu pescoço. Vagarosamente, tentou dar a primeira volta – e de novo parou, o gesto sem sequência. Viu-se no espelho, rugas e suor na testa: a mão esquerda era a direita, a mão direita era a esquerda.

(Otto Lara Resende. In: Italo Moriconi, org. Os cem melhores contos brasileiros do século. Rio de Janeiro: Objetiva, 2001. p. 315.)

De repente, mudou de roupa não porque não queria aquela, simplesmente porque não conseguia terminar o traje que antes tinha escolhido. A roupa era muito esquisita para o evento e desesperou-se. Era um suéter cinza com uma blusa azul por baixo e uma calça jeans muito velha.

Não se sabe por que, olhou para a porta e no mesmo instante viu que ela estava se abrindo e seu pai começou a surgir. Seu pai! Uma pessoa que há tempos não via e do qual tinha apenas algumas lembranças. Lembrava-se do empresário muito importante e temido. Tudo o que seu pai queria, conseguia. Ele se recordava da pessoa egoísta e gananciosa em que se tornara e de tudo o que o dinheiro e o poder podem fazer com um homem. Seu pai nunca estava em casa, sempre fazendo viagens de negócios...

Passados alguns segundos de lembranças, voltou-se em direção àquele senhor que tão pouco conhecia. Ficou pasmo e nervoso enquanto ele o olhava fixamente. A tensão era grande, e começou a pensar em algo que poderia dizer e no que ele fazia ali. Seu pai caminhava lentamente em sua direção, fixando-o de frente. Após algum tempo em silêncio, ambos abraçaram-se longamente, revivendo cada um a seu modo, os momentos felizes do passado.

Foi então, depois de longos minutos que, finalmente seu pai o olhando novamente, disse-lhe que estava ali para ver de perto o homem no qual seu filho se tornara e poder participar de um momento tão importante, quanto aquele: o dia em que seu filho enfrentaria pela primeira vez um tribunal, exercendo a nobre profissão que escolhera: advogado. E que para tanto haveria de ter algo mais apropriado para usar, que não fosse um jeans velho e desbotado, indagando em seguida: - Você já aprendeu a dar nó em gravata, meu filho?

· TALES TURMA 92

Ele se encontrava sobre a estreita marquise do 18º andar.Tinha pulado ali a fim de limpar pelo lado externo as vidraças das salas vazias do conjunto 1801/5, a serem ocupadas em breve por uma firma de engenharia.Ele era um empregado recém-contratado daPanamericana-Serviços Gerais.O fato de haver se sentado à beira da marquise, com as pernas balançando no espaço, se devera simplesmente a uma pausa para fumar a metade de cigarro que trouxera no bolso.Ele não queria dispersar este prazer misturando-o com o trabalho.

Quando viu o ajuntamento de pessoas lá embaixo, apontando mais ou menos na sua direção, não lhe passou pela cabeça que pudesse ser ele o centro das atenções.

Como o cigarro já estava a se extinguir, levantou-se para continuar o trabalho. Mas ficou surpreso quando o aglomerado de pessoas reagiu quase que exatamente no mesmo momento em que se levantara . Intrigado, inclinou-se um pouco para poder ver se alguém ali por perto iria se jogar.

Quando percebeu que ele era o tão esperado suicida, já havia policia, corpo de bombeiros e imprensa o esperando lá embaixo. Foi ai que começou a pensar “por que não se jogar?” A vida estava sem graça já fazia um tempo. E dessa vez ele não dependeria de munição para decidir isso, era simplesmente se preparar e pular.

Então iniciou o suicídio, era simples, deixava uma carta como testamento para a mulher tão odiada de sua vida e pulava. Após já ter escrito o “testamento” disse a si mesmo que iria pular com certeza.

Para não perder a coragem, PULOU. Já vendo as manchetes dos jornais – Jovem suicida-se em pleno trabalho.

Mas sentiu um tranco que o deixou pendurado. Esquecera de tirar o cinto de proteção que usava para não ocorrer acidentes, e ficou lá esperando o corpo de bombeiros vir resgatá-lo.

Também ficara sem as calças pois elas agarraram numa janela .

MANCHETE DO DIA SEGUINTE: TENTATIVA DE SUICÍDIO ACABA EM RESGATE CONSTRANGEDOR AO SUICIDA.


  • LÍVIA BORDIGNON TURMA 92

Ouvi primeiro o ruído de cascos pisando a grama, mas continuei deitado de bruços na esteira que havia estendido ao lado da barraca. Senti nitidamente o cheiro acre muito próximo. Virei-me devagar, abri os olhos. O cavalo erguia-se interminável á minha frente. Em cima dele havia uma espingarda apontada para mim e atrás da espingarda um velinho de chapéu de palha, que disso logo o seguinte:

- O que você pensa que está fazendo nas minhas terras?

Atordoado, brevemente respondi entre os dentes:

- Pelo o que eu saiba, estamos em uma área de camping, corrija-me se estiver errado.

Endireitei-me, me vangloriando por ter a razão ao meu favor. Ele bufou. Percebia-se que o velho estava nervoso, mas ainda assim tirou a arma da minha direção, falando logo em seguida:

- Irei corrigir sim, e este vai ser o momento! Por acaso você está vendo alguma barraca em volta?

Ele me olhou esperando uma resposta, apesar de que eu pensei que ele tinha sido irônico; para não causar mais desavenças, não hesitei em responder:

- Não, só vejo um belo cavalo, um revolver e o senhor. Desta vez ele parecia paciente e tentou me explicar o mal entendido:

- Então, me de alguns motivos que te fizeram acreditar que aqui seria uma área de camping. Olhei em volta, mas minha resposta não estava ali, então repassei na minha cabeça o trajeto que eu tinha feito até ali... e nada da resposta vir. O rosto impaciente do velhinho não me deixava pensar direito. Então, como um flash, eu lembrei de uma placa na entrada desta propriedade; então eu disse:

- Eu estava seguindo a estrada de terra, e não tinha uma viva alma para eu pedir informação; continuei, até ver uma placa, já desgastada pelo tempo, dizendo: Camping. E logo em seguida tinha uma trilha, na qual eu segui e aqui estou!

Ele deu uma risada, e falou:

- Desculpe-me pelos meus atos precipitados, a confusão se deu toda por causa desta bendita placa, que como você mesmo falou, está desgastada, e apagou meu nome inicial. Prazer, Julio Camping.


  • DUDA A. TURMA 91

...Mas, em vez de bater nela, ele acerta um homem que estava pronto para atacá-la, então ela se dá conta de que era seu marido. Ele havia preparado uma armadilha para matá-la e assim ficar com todo o dinheiro dela, mas seu plano não deu certo, pois o empregado viu quando Joubert colocou a revista no consultório pouco antes da mulher chegar, o empregado viu o homem sussurrando consigo mesmo seu plano, pensou ser coisa de sua cabeça, mas Joubert não parava de repetir: ''Hoje eu acabo com ela, hoje meu plano triunfará!'', então Conrad, o empregado, ficou de olho na mulher para que nada a acontecesse.

Quando sua esposa pegou a revista e começou a lê-la, Joubert estava certo de que realmente seu desejo se realizaria, então quando foi chamada, ele rapidamente entrou no consultório e subornou a recepcionista para levar as revistas para o porão. E exatamente como havia pensado, Sarah, sua mulher, foi à procura da revista, afinal, sua vida estava lá e ela queria saber como aquilo estava escrito, e como foi parar lá.

Ao entrar no porão, Sarah se encontra com Conrad, que não queria que ela perdesse tempo ali, brigando, pois sabia que Joubert estava a sua procura e cada vez mais perto a cada momento.

Joubert aparece na porta já com o revólver na mão, assim que Conrad pensou que com ele ali poderia ser melhor ainda, pois assim o incriminaria, e se faria de 'marido sofrido', mas Conrad atrapalhou seus planos, e deu um fim a ele.

Conrad seria julgado, Joubert estava morto, e Sarah não estava confusa, se sentindo culpada. Então resolveu apagar Joubert de sua vida, começou a jogar todos os seus pertences fora. E no fundo do armário encontrou uma caixa, que por sinal estava muito bem escondida, dentro dela tinha um diário, o dia que continha todos os detalhe-inclusive as vezes que tentou acabar com a vida de Sarah da vida de Joubert. Depois chorar por ver todas as desgraças de sua vida passando como um filme em sua cabeça, até mesmo quando sofreu um acidente e perdeu seu bebê, e ela pensou como um homem poderia ser tão ganancioso a esse ponto. Então pensou levar e diário a policia para que a penas de Conrad fosse reduzida, isso aconteceu, mas ele ficou preso por um tempo, e sempre q podia, Sarah ia visitá-lo.


POESIAS "NON SENSE" a partir de dois versos prontos

TURMAS 71 E 73

ISABELLE CLAVERY, 73

Eu hoje acordei

Muito esquisito.

E fui à casa do meu primo Quico

Ao chegar lá fomos lanchar

E conversamos até nos cansar.

Depois fui para casa

Sentei na poltrona

Fiquei lá

Até cochilar.

Uma vaca entrou num bar

E pediu um guaraná.

Logo que terminou de beber

Começou a dançar

E dançou até se cansar.

Foi encontrar suas amigas

E contou como foi sua noite

Mas estava muito bom para ser verdade

Logo levou um coice de um cavalo irritado e desmaiou

E ali sua noite acabou.

O nada e o coisa nenhuma

Saíram à parte alguma.

Parte alguma que nem existira

E que nem existirá.

Coisa alguma que nem sei onde está

E nem sei como achar.

Não sei como achar

Pois nem sei como procurar.

MARIO, 71

Eu hoje acordei

Muito esquisito

Estava igual

A um mosquito.

Estava irado

De cabeça para baixo

De pernas pro alto.

Eu estava muito alegre

Mas estava com o pente

Agarrado no dente


Uma vaca entrou num bar

E pediu um guaraná

Estava meio bêbada

E queria se aliviar

Depois dessa ressaca

Não aguentava se levantar

Ela só pensava em uma cosia:

E era no guaraná

Que fez ela delirar


O Nada e o Coisa Nenhuma

Saíram para parte alguma

Depois de se encontrar.

Se cumprimentaram,

Quando iam se tocar

Não conseguiram,

Pois o nada é coisa nenhuma

E coisa nenhuma é nada.

JOÃO VITOR, 73

Eu hoje acordei
Muito esquisito

Vi um esquilo
E depois apaguei

Sonhei com ele
Em cima de mim
Acordei com um atchim

Tomei café
E lá estava o esquilo
Fiquei de pé
E o espantei
Soltando o meu grilo


Uma vaca entrou num bar
E pediu um guaraná
Bebeu tudinho
E ficou gordinha

Depois bebeu coca,
Estava grávida
E com desejo ficou
Para comer paçoca


O Nada e o Coisa Nenhuma
Saíram a parte alguma
Caíram na espuma

Ficaram limpinhos
O cheirinho era bom
Que nem de limão

JULIE ANGEL, 71

1

Eu hoje acordei

Muito esquisito.

Acordei muito estranho,

olhando a terra ao infinito.

Acordei meio confuso,

meio mole, meio quente,

parecia que estava em uma panela,

ou muito doente.

2

A vaca entrou num bar

E pediu um guaraná.

Pensou em pedir cerveja,

mas achou que iria exagerar.

Pediu uma batata frita,

mesmo achando que iria engordar.

Cansou de fazer regime,

então para que emagrecer

é bom comer de tudo,

então para que se aborrecer.

3

O Nada e o Coisa Nenhuma

Saíram a parte alguma.

Caíram em uma buraco,

e foram para Inhaúma.

Entraram em uma porta.

Não sabiam se ia ou vinha

Descobriram que ia dar lá na casa da vizinha.

SOPHIA, 71

1

Eu hoje acordei

Muito esquisito.

Vi um periquito

Dei um faniquito

Participei de um campeonato

de apito

Fui campeão.

2

Uma vaca entrou num bar

E pediu um guaraná.

Foi morar

no Paraná

Pediu um

Cajá no mar

Abriu um bar

no Paraná

Vendeu muito

Suco de cajá.

3

O nada e o Coisa Nenhuma

Saíram a parte alguma.

Não os encontrava

Em parte alguma

Encontrei-os numa

Varanda enorme

de lá saíram e

foram fazer coisa alguma.

LETICIA VIEIRA, 73

Eu hoje acordei

Muito esquisito

Mesmo acordado continuei aflito

Cercado por um enxame de mosquito

Com medo soltei um grito

Mais parecia um cabrito

Que se metia em conflito

Uma vaca entrou num bar

E pediu um guaraná.

Mas só tinha maracujá

E começou a chorar

Nunca vi vaca chorar bebendo maracujá

Muito menos guaraná

E assim vou completar

Nesta noite de luar

O nada e o coisa nenhuma

Saíram a parte alguma.

E pararam em lugar nenhum

Para comer nada

Encontraram o Ninguém e o Não É

Brincaram com Zezé

De socos com o pé

LUNA, 73

Eu hoje acordei

Muito esquisito

Havia um barulho de apito

Meu ouvido estava estranho

Melhorou depois do banho.

Não sabia o que fazer,

Me levantei e saí no amanhecer

Uma vaca entrou num bar

E pediu um guaraná

Encontrou Patati e Patatá

Pagou a conta e,

foi embora

Caiu em uma poça

E empurrou uma moça

O Nada e o Coisa Nenhuma

Saíram a parte alguma

Encontraram um cara que fuma,

pegaram o cigarro e fugiram

Na fuga, caíram e,

quebraram a perna

No hospital, roubaram os remédios e

depois se mataram

ISABELLE DURAN, 73

Eu hoje acordei

Muito esquisito.

E achei minha mãe com cara de mosquito.

E achei isso muito esquisito.

Uma vaca entrou num bar

E pediu um guaraná.

E bebeu sem parar.

Nem dividiu com a Mariah

Que também estava sedenta do guaraná.

O Nada e o Coisa Nenhuma

Saíram a parte alguma.

Estavam em busca da Luma.

Mais não acharam coisa alguma.

CARLOS HENRIQUE, 73

JEITO DE ACORDAR

Inventei um jeito de acordar,

Acorde sempre feliz,

Nunca reclame de nada,

E acorde bem disposto,

Que um dia longo vem por aí.

Vá trabalhar ou estudar,

Sempre vá com animo, que é essencial para seu dia

E sempre cumpra suas tarefas,

Com humor e sem pé atrás.

MARIA EDUARDA, 73

*Eu hoje acordei
Muito esquisito
Até um pouco aflito
Tinha acordado na banheira
Ontem só fiz besteira
Discutir com uma boneca
Enquanto pulava na discoteca
Depois só me lembro
De torcer para o flamengo

*Uma vaca entrou num bar
E pediu um guaraná
Mas não sabia falar
Só restou lamentar
Saiu para passear
Até encontrar
Um rio para passar

E do outro lado
Um guaraná
Até esperar


*O Nada e o Coisa Nenhuma
Saíram a parte alguma
Ninguém os percebeu
Até quando se fantasiaram de Perceu
Choraram,
Lamentaram,
Até querer brincar de pique - esconde
Até o fim do horizonte
Em um lugar que ninguém os encontre!

ANNA PENNA, 73

Eu hoje acordei
Muito esquisito.
Acordei numa cama
Mas não a minha
Vi um passarinho mastigando chiclete
Do meu vizinho
Que estava jogando basquete

Uma vaca entrou num bar
E pediu um guaraná.
E começou a sambar
Viu um caramujo
E ficou com inveja
Pulou de Pára-quedas
Caiu num Açougue
E virou bisteca

O Nada e o Coisa Nenhum
Saíram a parte alguma.
Voltaram da onde não foram
Chegaram aonde não iam
Compraram o que não estava a venda
E trouxeram o que não havia.

JADE, 73

1

Eu hoje acordei

Muito esquisito

havia um apito,

em cima da cama,

levantei, pisei na lama

fiquei com cara de banana.

Fui tomar banho

avistei um rebanho

pela janela do banheiro

e depois quebrei o chuveiro.

2

Uma vaca entrou num bar

E pediu um guaraná.

Quase fui a desmaiar

tiveram que me levantar.

Não acreditei,

me embebedei!

A vaca chegou para mim

e pediu...

um guardanapo!

3

O Nada e o Coisa Nenhuma

Saíram a parte alguma.

Passearam no bosque da lembrança,

e foram para a França.

Foram pra Paris

viram um mímico com giz.

Foram almoçar em Barcelona

acabaram numa zona!