domingo, 18 de março de 2012
Continuação de conto.
Continuação de conto.
Matheus F. Bittencourt, turma 93
SUICIDA POR ACIDENTE
[...] Ele se deu conta do nervosismo das pessoas olhando em sua direção. Mais e mais pessoas apareciam, aumentando o alvoroço. O homem, sem entender o que estava acontecendo, deixa o cigarro cair. Nesse momento, policiais chegam controlando a multidão, um deles faz um sinal para outro, que lhe entrega um megafone:
- Fique calmo senhor, não faça nada precipitado!
Alguns momentos se passaram, ele ainda não entendia o que estava acontecendo, e a multidão só fazia crescer e ficar mais tensa. O homem só entendeu o que estava havendo quando, no meio da gritaria, conseguiu entender a palavra “suicida”. Ele levantou-se para tentar dizer que era um engano, mas a multidão ficou mais preocupada pensando que ele fosse pular.
Ele esbarrou em seu balde e derramou a água, olhou para baixo e viu câmeras de TV, achou melhor acabar com isso e sair dali, mas quando deu um passo para trás, escorregou na água, bateu na beira da marquise e caiu.
-- AHHHH!!! O quê? Eu estou vivo? Será que foi um sonho? Provavelmente – Disse o homem acordando em sua cama.
Continuação de conto.
Anna Villela de Paula, turma 93.
"O que eles fazem lá embaixo", pensou. Cada vez mais e mais pessoas chegavam e para ele ficavam olhando.
Confuso, retirou o cigarro de sua boca e se curvou. Nesse mesmo instante, as pessoas deram pequenos gritos de agonia e alguns "não faça isso, moço!".
Inicialmente ele não entendeu, mas aos poucos, foi vendo que todos estavam lá para ver, ver um desastre, um suicídio.
Para si mesmo ele falou, "humanos, não é possível terem mais curiosidade monótona" e decidiu que iria aproveitar a atenção.
Ele se pôs de pé e começou a rezar, colocou as duas mãos em frente ao seu peito e riu. Percebendo que mais gente havia se juntado ao grupo, abriu os braços e iniciou uma grande onda de murmúrios.
Sentindo o vento que batia em seu rosto, a luz do sol esquentando-o, reavaliou toda a sua vida... sua infância, seus amores, sua família, suas alegrias, suas tristezas e de Vanessa, um pequeno anjo para quem havia entregado seu coração e que o havia partido. Ele então deu um passo para frente e gritou "desculpe!".
Sentira o vento, o sol, tudo, pela última vez.
Continuação de conto.
Ana CArolina Reis, turma 91
Os nós da vida
João nunca imaginou que teria que enfrentar em sua vida outra situação que o deixasse tão nervoso. Sentou-se aos pés da cama e em sua cabeça começou a passar uma novela da sua vida, na qual eram retratadas as situações mais embaraçosas que enfrentara:
Primeiro dia na escola: medo, timidez, dor de barriga, camisa ao avesso, lancheira esquecida.
Primeiro beijo: mãos suadas, pernas trêmulas e, após alguns minutos pensando como e o que fazer, finalmente, nossos aparelhos se bateram.
Primeira entrevista de emprego: completamente gago, gravata apertada, e com muita vergonha, tentava esconder debaixo da mesa a calça pescando, que insistia em mostrar uma meia marrom e outra preta.
Após longos minutos voltou à realidade quando o celular tocou, era sua mãe querendo saber o que estava acontecendo, a noiva já estava em frente à igreja e ele, o noivo, ainda não estava lá.
João, nesse instante, pensou: é a minha “quarta primeira vez”, e ao que me lembro, mesmo muito atrapalhado nas vezes anteriores, isso não foi um empecilho para que aqueles momentos fossem mágicos, felizes e inesquecíveis.
Pensando dessa forma, colocou o paletó, pegou a gravata, entrou no carro e correu para a igreja. No caminho, viu que o dia de seu casamento era exatamente como o primeiro dia na escola, então lembrou que quem consertou tudo naquele dia desastroso aos 5 anos estava ali, e que aos trinta também poderia ser sua única salvação. Entrou pelos fundos da igreja e discretamente chamou sua mãe que, carinhosamente, foi até a sacristia e, como se ele ainda fosse um menino, consertou tudo - deu o nó da gravata; desvirou o paletó que estava ao avesso; de sua bolsa tirou um par de meias, que combinava com o terno; segurou em suas mãos suadas e, olhando em seus olhos, pediu que se acalmasse, pois ela estava ali e tudo daria certo.
O casamento começou. João estava muito feliz e mais calmo, até que o padre pediu as alianças. João gelou, sua noiva o fuzilava com o olhar quando, discretamente, sua mãe se aproximou e colocou as alianças em suas mãos e disse: filho, lembrei do menino sem lancheira.
Continuação de crônica de humor com desfecho inesperado e divertido
- E aqui você vai ler as 03 melhores continuações escolhidas pelos alunos, dentre 06 selecionadas por mim.