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ESCREVA, MESMO SEM SABER

ESCREVA, MESMO SEM SABER

Aqui serão postados os textos produzidos pelos alunos das turmas de LPT (Leitura e Produção de Textos) da unidade Itaipava, de acordo com os temas trabalhados em sala de aula.

A ideia é desenvolver a escrita, organizar o pensamento e, quem sabe, revelar um talento raro.

O objetivo dos textos estará sempre em evidência para que todos possam acompanhar o processo de criação inserido num contexto. Confiram e aproveitem a viagem.

Nanci




domingo, 18 de março de 2012

Continuação de conto.

João Vitor Santanna, turma 93
O Tropeço
Quando viu o ajuntamento de pessoas lá embaixo, apontando mais ou menos em sua direção, não lhe passou pela cabeça que podia ser ele o centro da atenção.
Então, percebendo que chamava atenção, decidiu fazer acrobacias, rolando, pulando, e dançando, nem ligando para o risco que estava correndo, ainda mais com o cigarro ainda aceso em sua mão.
As pessoa lá embaixo, já preocupadas com o senhor alegre, perceberam o risco e mandaram-no parar de exibição, mas de nada adiantou. O senhor continuou até que pisa em falso e tropeça, o cigarro cai dentro do prédio e, numa cesta de papel, iniciando um incêndio.
O homem não cai, mas percebe que agora não tinha mais saída. Não podia mais entrar por onde havia saído porque agora estava tudo em chamas.
Aí gritou bem alto: “socorro”! e de alegre passou a desesperado.
As pessoas lá embaixo não o escutavam, mas alguém viu fumaça e gritou: “Chamem os bombeiros”!
Os bombeiros chegaram, mas como era muito alto tinham que invadir o prédio e salvá-lo. Isso levaria tempo. Mas o homem não quis esperar e, sem outra saída, se jogou. E, infelizmente, não sobreviveu.

Continuação de conto.

Matheus F. Bittencourt, turma 93

SUICIDA POR ACIDENTE

[...] Ele se deu conta do nervosismo das pessoas olhando em sua direção. Mais e mais pessoas apareciam, aumentando o alvoroço. O homem, sem entender o que estava acontecendo, deixa o cigarro cair. Nesse momento, policiais chegam controlando a multidão, um deles faz um sinal para outro, que lhe entrega um megafone:

- Fique calmo senhor, não faça nada precipitado!

Alguns momentos se passaram, ele ainda não entendia o que estava acontecendo, e a multidão só fazia crescer e ficar mais tensa. O homem só entendeu o que estava havendo quando, no meio da gritaria, conseguiu entender a palavra “suicida”. Ele levantou-se para tentar dizer que era um engano, mas a multidão ficou mais preocupada pensando que ele fosse pular.

Ele esbarrou em seu balde e derramou a água, olhou para baixo e viu câmeras de TV, achou melhor acabar com isso e sair dali, mas quando deu um passo para trás, escorregou na água, bateu na beira da marquise e caiu.

-- AHHHH!!! O quê? Eu estou vivo? Será que foi um sonho? Provavelmente – Disse o homem acordando em sua cama.

Continuação de conto.

Anna Villela de Paula, turma 93.

"O que eles fazem lá embaixo", pensou. Cada vez mais e mais pessoas chegavam e para ele ficavam olhando.

Confuso, retirou o cigarro de sua boca e se curvou. Nesse mesmo instante, as pessoas deram pequenos gritos de agonia e alguns "não faça isso, moço!".

Inicialmente ele não entendeu, mas aos poucos, foi vendo que todos estavam lá para ver, ver um desastre, um suicídio.

Para si mesmo ele falou, "humanos, não é possível terem mais curiosidade monótona" e decidiu que iria aproveitar a atenção.

Ele se pôs de pé e começou a rezar, colocou as duas mãos em frente ao seu peito e riu. Percebendo que mais gente havia se juntado ao grupo, abriu os braços e iniciou uma grande onda de murmúrios.

Sentindo o vento que batia em seu rosto, a luz do sol esquentando-o, reavaliou toda a sua vida... sua infância, seus amores, sua família, suas alegrias, suas tristezas e de Vanessa, um pequeno anjo para quem havia entregado seu coração e que o havia partido. Ele então deu um passo para frente e gritou "desculpe!".

Sentira o vento, o sol, tudo, pela última vez.

Continuação de conto.

Ana CArolina Reis, turma 91

Os nós da vida

João nunca imaginou que teria que enfrentar em sua vida outra situação que o deixasse tão nervoso. Sentou-se aos pés da cama e em sua cabeça começou a passar uma novela da sua vida, na qual eram retratadas as situações mais embaraçosas que enfrentara:

Primeiro dia na escola: medo, timidez, dor de barriga, camisa ao avesso, lancheira esquecida.

Primeiro beijo: mãos suadas, pernas trêmulas e, após alguns minutos pensando como e o que fazer, finalmente, nossos aparelhos se bateram.

Primeira entrevista de emprego: completamente gago, gravata apertada, e com muita vergonha, tentava esconder debaixo da mesa a calça pescando, que insistia em mostrar uma meia marrom e outra preta.

Após longos minutos voltou à realidade quando o celular tocou, era sua mãe querendo saber o que estava acontecendo, a noiva já estava em frente à igreja e ele, o noivo, ainda não estava lá.

João, nesse instante, pensou: é a minha “quarta primeira vez”, e ao que me lembro, mesmo muito atrapalhado nas vezes anteriores, isso não foi um empecilho para que aqueles momentos fossem mágicos, felizes e inesquecíveis.

Pensando dessa forma, colocou o paletó, pegou a gravata, entrou no carro e correu para a igreja. No caminho, viu que o dia de seu casamento era exatamente como o primeiro dia na escola, então lembrou que quem consertou tudo naquele dia desastroso aos 5 anos estava ali, e que aos trinta também poderia ser sua única salvação. Entrou pelos fundos da igreja e discretamente chamou sua mãe que, carinhosamente, foi até a sacristia e, como se ele ainda fosse um menino, consertou tudo - deu o nó da gravata; desvirou o paletó que estava ao avesso; de sua bolsa tirou um par de meias, que combinava com o terno; segurou em suas mãos suadas e, olhando em seus olhos, pediu que se acalmasse, pois ela estava ali e tudo daria certo.

O casamento começou. João estava muito feliz e mais calmo, até que o padre pediu as alianças. João gelou, sua noiva o fuzilava com o olhar quando, discretamente, sua mãe se aproximou e colocou as alianças em suas mãos e disse: filho, lembrei do menino sem lancheira.

Continuação de crônica de humor com desfecho inesperado e divertido

Um homem foi procurar uma vidente. Ela leu a sua mão, em silêncio. Depois espalhou as cartas na sua frente e as examinou longamente. Finalmente olhou a bola de cristal. E concluiu: -  - Você vai morrer num lugar com água.


  • E aqui você vai ler as 03 melhores continuações escolhidas pelos alunos, dentre 06 selecionadas por mim.  

Mariana Cortasio, turma 81
[...] Após sair daquele local o homem, senta em uma calçada e pensa por alguns minutos.
Ele decide não ir a lugares com água até os 90 anos. 

Alguns dias depois, seus amigos o chamaram para ir a um bar, de lá resolvem ir pescar, mas o homem diz:

- Não, vocês querem que eu morra? Os amigos não entenderam nada e perguntaram o porquê daquilo. O homem apenas disse:

- Preciso ir embora, não consigo nem ver água!

Dias depois, sua família sai para almoçar no clube. Ao ver tantas piscinas, ele começou a gritar:
- Vocês querem me matar? Por que querem me matar? Toda a família se assustou e acharam melhor levarem-no a um médico. 

Chegando na clinica, havia um chafariz. Quando o homem viu, gritou desesperadamente:
- Vocês querem mesmo me matar!! – ele saiu correndo e se trancou no carro. Após ver essa cena de pânico, o médico concluiu:

- Este homem está louco! A família decidiu interná-lo em um hospício. Lá, o homem avista um belo lago, sai correndo e gritando:
- Eu vou morrer, já que todos querem!

Pulou no lago, teve um infarte fulminante e morreu na água, como previu a vidente.


Agatha Teixeira, turma 81
[...] Desde então, Paulo evitava tudo que tinha água, o chuveiro, as pias, os bebedouros, até mesmo o vaso sanitário.

Dia após dia sem banho, nem tomar água. Só lhe restava uma coisa, a entrevista de trabalho que conseguiu com muito esforço. Ele se limpou com lenços, se perfumou, colocou um belo terno e foi.

Na volta, Paulo ouviu fortes trovões, uma enorme chuva estava se aproximando. Sem opção, correu o mais rápido possível, mas mesmo assim chegou todo ensopado em casa, mas como estava inteiro ele pensou: "que raiva daquela vidente de quinta categoria!"

Daí em diante ele retornou a sua vida normal, conseguiu o emprego e estava muito feliz.

No seu primeiro dia de trabalho, Paulo foi caminhando para empresa que ficava a algumas quadras de sua casa, ele parou na calçada para olhar bem de pertinho o prédio em que iria trabalhar, ficou bem na beirada da calçada e pensou: "daqui em diante"...
Blouwwsh!!!

Paulo foi atropelado por um moto boy do Disck-Água!!!

terça-feira, 22 de junho de 2010

Reflexões: Somos todos metamorfoses ambulantes?


METAMORFOSE AMBULANTE

RAUL SEIXAS

Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo

Eu quero dizer
Agora o oposto do que eu disse antes
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Sobre o que é o amor
Sobre o que eu nem sei quem sou
Se hoje eu sou estrela
Amanhã já se apagou
Se hoje eu te odeio
Amanhã lhe tenho amor
Lhe tenho amor
Lhe tenho horror
Lhe faço amor
Eu sou um ator
É chato chegar
A um objetivo num instante
Eu quero viver
Nessa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Sobre o que é o amor
Sobre o que eu nem sei quem sou
Se hoje eu sou estrela
Amanhã já se apagou
Se hoje eu te odeio
Amanhã lhe tenho amor
Lhe tenho amor
Lhe tenho horror
Lhe faço amor
Eu sou um ator
Eu vou desdizer
Aquilo tudo que eu lhe disse antes
Eu prefiro ser
Essa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Do que ter aquela velha velha velha velha velha
Opinião formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo



Ser uma metamorfose ambulante é um ato de coragem? Ou de loucura, inconsequência, irresponsabilidade?

    Isabel Vieira - Turma 91
  • Nenhum deles. Acredito que ser uma metamorfose ambulante, mudar de opinião constantemente, pelo menos na adolescência, é uma maneira de estarmos construindo a nossa própria perconalidade, para que no futuro, tenhamos nossas próprias opiniões. O problema não está em mudar de opinião, mas sim em mudar nossos próprios princípios.

Carolina Court- 91

Acho que há um pouco de coragem, coragem para mudar sempre , sem medo do que possa acontecer. Mas também há o lado de que isso é uma forma de sabermos qual será a nossa opnião final . Todos nós mudamos de opinião, porém alguns têm medo e outros fazem sem pensar nas consequências.


MARCELA RABELLO, 91
Bom, para mim é mais um ato de coragem do que de irresponsabilidade. Pois precisamos ser corajosos para enfrentar o mundo sempre que mudamos de opnião, e isso é bem complicado!
Mas, sempre que mudamos de opnião, vamos nos tornando cada vez mais nós mesmos!



quarta-feira, 16 de junho de 2010

Reflexões sobre a música "Geração coca-Cola", turmas 71 e 73


Geração Coca-Cola

Legião Urbana

Composição: Renato Russo / Fê Lemos

Quando nascemos fomos programados
A receber o que vocês
Nos empurraram com os enlatados
Dos U.S.A., de nove as seis.

Desde pequenos nós comemos lixo
Comercial e industrial
Mas agora chegou nossa vez
Vamos cuspir de volta o lixo em cima de vocês

Somos os filhos da revolução
Somos burgueses sem religião
Somos o futuro da nação
Geração Coca-Cola

Depois de 20 anos na escola
Não é difícil aprender
Todas as manhas do seu jogo sujo
Não é assim que tem que ser

Vamos fazer nosso dever de casa
E aí então vocês vão ver
Suas crianças derrubando reis
Fazer comédia no cinema com as suas leis

Somos os filhos da revolução
Somos burgueses sem religião
Somos o futuro da nação
Geração Coca-Cola
Geração Coca-Cola
Geração Coca-Cola
Geração Coca-Cola

Nas duas últimas aulas de Português, começamos a estudar PREPOSIÇÃO. A atividade proposta foi preencher lacunas da canção com preposições retiradas propositalmente para este fim. Conversamos sobre a letra e um pouquinho sobre o contexto histórico; depois a escutamos várias vezes. Parece que gostaram, olha o que disseram:
  • eu achei a musica ´geração coca-cola` muito legal, pois fala da realidade do mundo e é legal também porque eu adoro coca - cola. Gabriel Lellis
  • achei a musica muito irada pois fala sobre o mundo no pensamento de outros e eles eram muito locos ao fazer essa musica ´geração coca-cola` muito irrada !!!!!!!!!!!!! Guilherme Lesser
  • eu achei a musica muuito boa pois é uma critica construtiva à cidade, aos politicos corruptos e aos ricos arrogantes, a escola, etc. Matheus Antunes
  • Eu achei a música muito interessante pois fala de uma época que todos falavam mal do governo, etc. Eles falam que eles eram rebaixados mas agora eles iriam rebaichar os outros. Matheus Siqueira
  • Muito boa...Eles falam sobre os corruptos, ricos ignorantes, etc. Eduarda Borges
  • iNTERESSANTE. Isabella Monnerat
  • A música "Geração Coca-Cola" retrata que nós, brasileiros, somos meio que "controlados" pelos Estados Unidos, pois a maioria dos seriados que passam na televisão são dos Estados Unidos, e a maioria das coisas que nós usamos são dos Estados Unidos, com: roupas e acessórios em geral. Então, essa música é um protesto contra isso tudo. Robson Neves